PJC conclui inquérito e indiciada autora de homicídio quadruplamente qualificado em Cuiabá

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu, nesta segunda-feira (24), o inquérito que apurou os crimes de homicídio e ocultação de cadáver cometidos contra a adolescente grávida Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos. O crime, ocorrido no dia 12 de março em Cuiabá, gerou grande repercussão devido à sua brutalidade.
A autora do homicídio, identificada como N.H.M.P., foi indiciada pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, com motivos torpes, emprego de asfixia, e meios insidiosos e cruéis, como traição e dissimulação, que impossibilitaram a defesa da vítima. Além disso, ela é acusada de ocultação de cadáver e de registrar um parto alheio, utilizando documentos falsos para enganar a polícia e a família.
N.H.M.P. havia simulado uma gravidez durante meses, usando exames falsificados e fotos adulteradas para enganar os familiares. As investigações revelaram que a vítima foi asfixiada e sofreu graves ferimentos abdominais, o que resultou na morte por choque hipovolêmico hemorrágico, após a remoção do bebê de seu ventre. O exame de necropsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também confirmou que Emelly estava viva quando o bebê foi retirado.
Além das lesões no abdômen, foram encontradas marcas de violência na face e no olho direito, possivelmente causadas por socos, e sinais de contenção nos punhos e pés da vítima com cabos de internet. O corpo de Emelly foi encontrado em uma cova rasa na casa de um dos familiares da autora, no bairro Jardim Florianópolis, com o ventre aberto e sinais de asfixia, incluindo cabos enrolados no pescoço e dois sacos plásticos sobre a cabeça.
O delegado responsável pelo caso, Michael Mendes Paes, informou que, em relação a outros possíveis envolvidos, como o marido, o irmão e um amigo da autora, foi instaurado um inquérito complementar para investigar a participação deles no crime. No dia em que o crime foi descoberto, os três foram ouvidos e liberados, pois não havia evidências suficientes para a prisão em flagrante.
“As investigações continuam para apurar se essas pessoas auxiliaram de alguma forma a autora durante a execução do crime e para identificar suas responsabilidades”, afirmou o delegado.
Durante seu interrogatório na DHPP, a autora confessou o crime, relatando que planejou e executou sozinha o assassinato, com o objetivo de ficar com o bebê da adolescente.
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